terça-feira, 30 de março de 2010

"Berlin ist arm, aber sexy"


Depois de guerras, muro e decadência, parece que Berlim se encontrou. Na verdade, ela se reinventou e criou um estilo bastante próprio, inovador e que tem como base a sua eterna transformação. Essa inconstância não diz respeito apenas aos espaços físicos e o eterno canteiro de obra que a cidade é, mas em relação às suas próprias pessoas. Em 2005, a UNESCO elegeu Berlim como a Cidade do Design, considerando memoráveis os avanços sociais, econômicos e culturais promovidos, direta ou indiretamente, pela indústria do desing. Esse título não diz respeito unicamente ao desing, se refere ao emaranhado bens e serviços que fazem parte do que se tem chamado hoje de Economia Criativa e que movimenta vários profissionais liberais ciclicamente em várias partes do mundo.


Parece que essa tal ‘autenticidade’ Beliner reside no tempo e no espaço, todos parecem ter esses dois elementos de sobra por aqui. O custo de vida é um dos mais baixos da Europa e isso atrai muitos artistas que precisam justamente destes dois ingredientes para produzir. As pessoas se preocupam bastante com a qualidade de vida e isso diz respeito, também, em desenvolver atividades prazerosas e de se realizar profissionalmente. Por esse motivo, arranjam um emprego qualquer para pagar as contas e o resto do tempo fica livre para desenvolver seu próprio trabalho (arte) e se realizar pessoalmente neste âmbito, mesmo que não tenha um reconhecimento financeiro.


Em 2003, em uma entrevista coletiva, o então Prefeito Klaus Wowereit disse: "Berlin ist arm, aber sexy", recentemente, o governo lançou uma campanha com o mesmo slogan: Pobre, mas sexy. Essa frase traduz de forma muito simples a atmosfera da cidade; no geral, todos têm poder aquisitivo muito inferior aos de outras cidades da Alemanha, mas são pessoas sexys, não exatamente no sentido literal, mas são pessoas atraentes, interessantes, divertidas, criativas e autênticas.

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